A votação do impeachment de Augusto Melo ganhou uma nova data: 2 de dezembro. Na próxima segunda-feira, então, membros do Conselho Deliberativo vão definir o futuro do presidente do Timão.
A mudança ocorre por um motivo importante: segurança. Na data base da reunião, o clube receberá um jogo de basquete e também estará normalmente para sócios. O Parque São Jorge é fechado para os sócios do clube social do Timão, o que ajuda diretamente na segurança tanto fora quanto dentro da sede do Corinthians.
A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (27), após reunião com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, que explicou para Romeu Tuma Jr., presidente do CD, que a segurança do local poderia estar em risco.
Além da polícia, Tuma também se reuniu com torcidas organizadas na última terça-feira e ouviu pedidos pela suspensão da votação na data original. Chapas do Conselho, entre elas a Movimento Corinthians Grande, também entendem que a mudança era necessária.
Entenda o caso
Em 26 de agosto, um grupo com cerca de 90 conselheiros de diversas chapas e alas políticas diferentes do Parque São Jorge, chamado “Movimento Reconstrução SCCP” enviou o documento com as assinaturas para Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Timão. O movimento se considera “apartidário”.
Entre os principais questionamentos do grupo, estão o patrocínio da Vaidebet e a questão da intermediação do contrato, que virou uma das grandes polêmicas da gestão de Augusto Melo.
O grupo se baseia, principalmente, no Artigo 106 – Inciso B, do estatuto do clube , que diz que “acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians” é um motivo “para requerer a destituição dos administradores (Presidente da Diretoria ou de seus Vice-Presidentes)”, além de “infrigir, por ação ou omissão, expressa norma estatuária.”