O Conselho Deliberativo do Corinthians marcou uma nova data para votação do impeachment do presidente Augusto Melo. A reunião ocorrerá na próxima segunda-feira (20), no Parque São Jorge.
A votação estava marcada inicialmente para o dia 2 de dezembro e chegou a ocorrer de forma parcial. Durante a reunião, Augusto Melo conseguiu impedir o andamento dos votos através de uma liminar e suspendeu o encontro.
Caso a maioria simples dos presentes vote favoravelmente ao impeachment, Augusto Melo será imediatamente afastado do cargo de maneira provisória. A destituição em definitivo precisa ser referendada pelos sócios do clube em assembleia geral.
Entenda o pedido e a dinâmica do impeachment
O Corinthians tem, ao todo, 301 conselheiros, sendo 200 trienais (eleitos no pleito de 2023) e 101 vitalícios. Para que a destituição de Augusto Melo seja aprovada, basta uma maioria simples entre os votantes da nova reunião marcada. Não há quórum mínimo para a assembleia.
O pedido de impeachment faz parte de um processo de investigação na Comissão de Ética do clube para averiguar o contrato de patrocínio com a VaideBet.
A reunião começará com discurso de Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho, que irá expor os motivos da convocação em razão do recebimento da denúncia pela Comissão de Ética e Disciplina.
Em seguida, haverá manifestação do representante dos conselheiros requerentes do pedido de destituição do presidente da diretoria e do representante da Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo.
O palanque depois servirá para defesa oral/sustentação oral do presidente Augusto Melo, ou de seu representante legal. A partir disso, será aberta a votação secreta para definir o futuro da presidência do clube.
Caso seja aprovado o impeachment no Conselho, Romeu Tuma Jr, precisará convocar uma assembleia geral dos sócios do clube para o veredito final. Essa, em caso de aprovação, ainda não tem data prevista.
Vale destacar que, entre as duas votações, em caso de aprovação, Augusto Melo ficaria provisoriamente afastado da cadeira presidencial. Os demais diretores também são demissionários.
Osmar Stábile, primeiro vice, assumiria provisoriamente caso fosse decidido o afastamento do presidente.