O pivô Carlos Vagner Gularte Filho, mais conhecido como Ferrão, testou positivo para testosterona em um exame antidoping realizado pela Fifa em 4 de outubro, dois dias antes da final da Copa do Mundo de Futsal. Na decisão, ele fez um dos gols que garantiram o hexacampeonato do Brasil na vitória por 2 a 1 sobre Argentina. A informação foi divulgada pelo site espanhol “Relevo” e confirmada pelo ge.
Segundo informação do site espanhol, a Unidade Antidoping da Fifa selecionou o camisa 11 para participar da testagem, e a amostra deu positivo para a substância proibida. O jogador está afastado de suas atividades e pode ficar de dois a quatro anos longe das quadras.
Ferrão forneceu duas amostras de urina enquanto ainda estava no hotel em que a seleção brasileira ficou hospedada, em Tashkent, no Uzbequistão. Após análise da amostra A, foi detectada a presença de uma substância proibida, e o jogador foi afastado de suas funções de forma provisória.
Depois do resultado da primeira amostra, a Fifa informou o jogador, que solicitou a análise da amostra B. A contraprova confirmou o resultado positivo para uma quantidade de testosterona – hormônio que pode melhorar a capacidade física dos atletas dentro da quadra.
Procurados pelo ge, os advogados Pedro Fida e Bichara Neto, que fazem a defesa do jogador, afirmaram que buscam a origem da substância encontrada no exame do jogador e trabalham para que a suspensão de Ferrão seja derrubada o mais rápido possível.
– Nesse momento nós estamos trabalhando para derrubar a suspensão provisória, que é automática. Mas o mais importante é determinar a origem da substância, para que possamos comprovar que o atleta não teve culpa ou negligência – explicou o advogado Pedro Fida.
Jogador se manifesta nas redes sociais
Na noite de sábado, Ferrão se manifestou sobre o caso em sua conta no Instagram. O pivô afirmou que a substância proibida encontrada estava em “concentração extremamente baixa, compatível com um caso de contaminação acidental” e que pretende provar sua inocência. “Reafirmo meu compromisso com o esporte limpo e a transparência, e estou cooperando integralmente com as autoridades competentes para esclarecer essa situação o mais rápido possível. Ao longo dos meus 20 anos de carreira, realizei vários testes antidoping e todos eles apresentaram resultados negativos”, escreveu o atleta.
Ex-Barcelona e melhor do mundo três vezes
Ferrão herdou o apelido do pai, que foi jogador profissional de campo, com passagens pelo Grêmio e pela Chapecoense. Em 2014, foi contratado pelo Barcelona, no qual empilhou títulos durante uma década e passou a ser considerado um dos astros do esporte. O pivô foi eleito melhor do mundo pela Fifa em 2019, 2020 e 2021.
Em 2023, sofreu uma grave lesão no tendão de aquiles e ficou um ano afastado das quadras. Ferrão voltou a tempo, porém, de ajudar a seleção na conquista do hexa, no ano passado. Atualmente, defende o FC Semey, do Cazaquistão.