Leila Pereira cobra exclusão do Cerro da Libertadores e ameaça ir à Fifa

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, pedirá à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 e ameaça ir à Fifa caso não haja punição por parte da confederação sul-americana.

O pedido será feito em razão das manifestações racistas sofridas por atletas alviverdes em jogo do torneio disputado nesta quinta-feira (6), no Paraguai. Torcedores do Cerro chamaram Figueiredo e Luighi de “macacos”.

“Nós vamos chegar até as últimas instâncias para que o Cerro Porteño, para que o racista, para que o criminoso, criminosos, né, que foram uns três ou quatro que cometeram o crime, sejam punidos de uma forma exemplar. Inclusive, nós vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, porque não é a primeira vez que esse clube ataca os nossos atletas e os nossos torcedores”, afirmou a mandatária do Verdão, nesta sexta-feira (7), pouco antes da apresentação do reforço Vitor Roque.

Leila Pereira afirmou ainda que buscou contato com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, mas não conseguiu conversar com o dirigente, e que o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, se colocou à disposição do clube paulista para auxiliar no caso.

Eu tentei falar com o presidente da Conmebol, mas não consegui. Realmente acho que a Conmebol está sendo displicente a estes fatos. Falei com o Ednaldo, que se dispôs a nos ajudar e colocou o departamento jurídico da CBF para nos ajudar de forma eficaz. Queremos uma punição como um todo, pode ter certeza absoluta que vamos resolver. Se não for na Conmebol, será na Fifa

Leila Pereira, presidente do Palmeiras

“Eu não estava no Paraguai, assistia pela TV. Depois do pronunciamento do Luighi, eu liguei, falei com o atleta, falei com João Paulo [Sampaio, coordenador da base do Palmeiras]. Parabenizei o Luighi pela força, pela coragem com que ele se apresentou, com que ele falou. O Luighi chamou a atenção do árbitro, o árbitro viu. Ele, inclusive, não cumpriu uma determinação da Fifa, que é paralisar o jogo, prender o criminoso e continuar o jogo. Terminado o jogo, fomos procurar as autoridades e o policial falou com o nosso diretor de futebol que aquilo era normal, era uma brincadeira”, prosseguiu Leila.

Entenda o caso

O caso aconteceu na vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño, por 3 a 0, pela Libertadores Sub-20, aos 36 minutos da segunda etapa.

Na saída de campo após ser substituído, Figueiredo foi alvo de um torcedor que imitou um macaco para o jogador brasileiro. Luighi, que também saiu, foi igualmente chamado de macaco pelos torcedores presentes.

O camisa 9 então alertou a arbitragem da partida sobre o ocorrido, mas o árbitro Augusto Menendez ignorou e deixou o jogo seguir normalmente.

Luighi se manifesta

Após a partida no Paraguai, o atacante palmeirense Luighi usou as redes sociais para se manifestar.

“Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? É a pergunta que espero não ser necessária ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando”, publicou o atleta palmeirense no Instagram.

Cerro Porteño publica comunicado

Na manhã desta sexta-feira, o Cerro Porteño, clube mandante do confronto com o Palmeiras pela competição sub-20, emitiu um comunicado no qual lamenta o episódio, mas sem declarar ações concretas contra os torcedores que cometeram os atos racistas.

“O Cerro Porteño manifesta o seu total repúdio a todo tipo de ato de racismo, xenofobia e discriminação. Ao mesmo tempo, solicitamos apoio a todos os atores do futebol e à própria sociedade para alcançar um futebol saudável e livre de atos que causam danos e mancham a festa do esporte”, escreveu o time em comunicado oficial publicado nas redes sociais.

“Nossa total solidariedade com o jogador Luighi. Reiteramos que a nossa instituição condena energicamente todo o tipo de conduta de discriminação e comentários ofensivos em todo o entorno do futebol e da sociedade. Vamos cuidar da festa do futebol”, finalizou o Cerro.

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