O futebol tem muitas armadilhas para as famílias

O futebol pode sim transformar vidas. Mas também pode arruinar famílias inteiras — especialmente quando tudo gira em torno de uma promessa malconduzida. E essa é uma conversa urgente que ninguém está tendo.

Eu trabalho há anos com atletas jovens, e o que mais me preocupa não é o talento — é o que acontece ao redor do talento. São famílias inteiras que se jogam de cabeça no sonho do filho virar jogador, sem nenhum preparo, sem estrutura, sem plano, e o pior: sem proteção contra as armadilhas desse mercado.

Porque o futebol de base hoje está cheio de ciladas disfarçadas de oportunidade:

• Empresário que promete vitrine, mas some quando o atleta precisa de apoio real.
• Olheiro que cobra valores absurdos pra levar o menino pra teste.
• Agente que exige exclusividade sem oferecer absolutamente nada em troca.
• Escolinhas que exploram financeiramente as famílias com promessas de clubes e olheiros.

E o resultado? Endividamento. Pressão emocional. Abandono escolar. Discussões familiares. Ilusão.
E às vezes, até mesmo depressão em adolescentes que não conseguem lidar com a frustração precoce.

Tem mãe que vende o carro pra bancar um “teste”. Pai que pede dinheiro emprestado pra pagar hospedagem e alimentação em torneios duvidosos. Menino que para de estudar porque “vai focar no futebol”. Tudo isso sem contrato, sem planejamento, sem acompanhamento psicológico, sem nada.

A verdade dura é que muitas famílias confundem “agente” com “investidor” — acham que o agente vai bancar tudo, como se fosse uma instituição financeira. Mas um bom agente de verdade não promete dinheiro. Promete orientação, verdade e proteção ao longo do caminho.

Sonhar é lindo. Mas sonhar sozinho, sem estrutura, é perigoso.

Na Connect Football, nossa missão não é vender futuro, mas proteger o presente e construir o caminho até lá.
Atuamos desde as categorias de base até o futebol profissional, com acompanhamento completo e individualizado. Sabemos que a transição para o profissional é uma das etapas mais críticas da carreira — e é nela que muitos se perdem. É também nela que nós mais atuamos.

Não basta chegar a um clube. É preciso se manter, evoluir e se consolidar em grandes projetos.
A partir daí, sim, o sonho se torna projeto — e o projeto ganha exposição internacional com segurança, planejamento e estratégia.

Se você é pai ou mãe, faça uma pergunta simples:
Quem está protegendo o sonho do seu filho?

Porque o futebol não perdoa amadorismo. E quem diz “sim” pra tudo, geralmente está dizendo “não” para o que realmente importa.

Roger Heit é CEO da Connect Football, agente licenciado FIFA e intermediário oficial da CBF. Atua há mais de 13 anos no mercado internacional, cuidando da transição de jovens promessas da base para o futebol profissional com foco em grandes projetos e exposição internacional.

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