Em clima de despedida, Carlo Ancelotti afirmou nesta terça-feira (13) estar orgulhoso do legado que construiu em sua segunda passagem pelo Real Madrid.
O treinador italiano, que deixará o clube espanhol ao final da temporada, já foi anunciado oficialmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como o próximo técnico da Seleção Brasileira.
Durante a coletiva pré-jogo do duelo contra o Mallorca, válido pela LaLiga, o foco principal não foi a partida, mas sim a transição do técnico para o comando da equipe pentacampeã mundial.
Apesar da mudança no horizonte, Ancelotti garantiu que sua atenção permanece no clube merengue até o último compromisso, marcado para o dia 25 de maio, contra a Real Sociedad.
“Foram anos inesquecíveis que vou levar com carinho para o meu coração. O futebol, assim como a vida, é cheio de aventuras que começam, mas acabam. Eu sempre soube que um dia chegaria ao fim meu tempo aqui no Real”, declarou o treinador de 65 anos.
Em sua segunda passagem pelo Real Madrid, Ancelotti conquistou 11 títulos, incluindo uma Champions League e dois Mundiais de Clubes, reforçando sua posição como um dos técnicos mais vitoriosos do futebol mundial.
No entanto, a temporada atual deverá terminar sem troféus — o time é vice-líder do Campeonato Espanhol, sete pontos atrás do Barcelona, que pode ser campeão nesta quarta-feira (14) caso o Real não vença o Mallorca.
“Eu sou muito feliz [no Real Madrid]. Se hoje não tivesse uma coletiva de imprensa, seria um dia fantástico. Porque tenho que explicar coisas que não quero explicar, porque visto a camisa do Real Madrid até dia 25. Me pergunte outras coisas, quero respeitar essa camisa até o último dia”, disse o comandante.
Falta de anúncio do Real Madrid
Apesar da ausência de um anúncio oficial do clube espanhol sobre sua saída, Ancelotti minimizou o tema: “O Real vai divulgar a nota quando achar adequado. Mas não há nenhum problema entre as partes. Nunca tive e nunca terei problemas com o Real Madrid. É um clube que vive no meu coração, mas tudo na vida tem um fim”.
Ancelotti encerrou a coletiva com tom de gratidão: “Se me dissessem, no dia que cheguei, que venceria 11 títulos em quatro anos, teria assinado em sangue. Esta temporada não foi boa por várias razões, mas o período aqui foi inesquecível. Não poderia ser técnico do Real para sempre. É o fim de uma era. Espetacular”.
(Reportagem de Fernando Kallas; Edição de Ken Ferris)
