A atacante Khadija Shaw, do Manchester City, não atuou na vitória da equipe por 2 a 1 sobre o Arsenal, nesta quinta-feira (6), pela semifinal da Copa da Liga, por motivos de saúde mental. A jamaicana enfrentou abusos racistas e misóginos após a derrota no fim de semana na Super Liga Feminina (WSL).
As mensagens que Shaw recebeu depois que o City perdeu em casa por 4 a 3 para o Arsenal, no domingo (2), foram compartilhadas com as autoridades, disse o clube em um comunicado, acrescentando que ficaram chocados com os abusos direcionados à jogadora de 28 anos.
“Estamos apoiando-a de todas as maneiras que podemos”, disse um porta-voz do City à Reuters nesta sexta-feira (7).
O técnico do Manchester City, Gareth Taylor, disse que foi difícil para ele dizer como Shaw se sentiu após o incidente.
“É muito difícil eu analisar porque quem sabe o que acontece naquele mundo e quando você é afetado por coisas assim. Eu realmente não tive tempo para ter uma boa conversa com ela sobre isso, mas ela sabe, e precisa saber, que todo o clube está com ela nisso.”
A WSL disse que ficou chocada e triste com o abuso enfrentado por Shaw e pela capitã do Chelsea, Millie Bright, que escreveu no Instagram que um fã fez um comentário cheio de palavrões sobre sua performance na vitória de domingo por 1 a 0 sobre o Aston Villa.
“Jogadores, treinadores e árbitros devem poder fazer seu trabalho sem serem submetidos a abusos, seja pessoalmente ou online, e não há lugar para isso no futebol feminino ou na sociedade em geral”, disse a liga em um comunicado na quarta-feira (5).
O Manchester City jogará contra o Chelsea na final da Copa da Liga no mês que vem.
