O Atlético-MG oficializou a venda do jovem atacante Alisson, de 19 anos, para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em uma negociação que pode chegar a 16 milhões de euros (aproximadamente R$ 100 milhões). Inicialmente, o Galo receberá 14 milhões de euros (cerca de R$ 87 milhões), com a possibilidade de bônus atrelados ao desempenho do atleta.
O clube mineiro detinha 80% dos direitos econômicos do jogador e garantirá 11,2 milhões de euros (R$ 69,6 milhões) nesta primeira fase da transação. Além disso, o Atlético-MG continuará com 15% dos direitos de Alisson, assegurando uma fatia de futuras negociações.
Mesmo que o valor máximo da venda de Alisson seja alcançado, a maior negociação do clube segue sendo a do atacante Paulinho para o Palmeiras, na última janela de transferências, por 18 milhões de euros (R$ 114 milhões). Em termos de valores corrigidos, a venda mais expressiva do Galo ainda é a do meia-atacante Bernard, também para o Shakhtar Donetsk, em 2013, por 25 milhões de euros (R$ 77 milhões na época, equivalente a R$ 155,4 milhões atualmente).
A trajetória de Alisson no Galo foi curta, mas marcante. O atacante estreou no time profissional, nesta temporada, na semifinal do Campeonato Mineiro, contra o Tombense, e foi titular pela primeira vez na vitória por 4 a 1 sobre o Manaus, pela Copa do Brasil, quando marcou seu primeiro gol. Ao todo, disputou 43 partidas, anotando quatro gols e fornecendo duas assistências.
A venda para o Shakhtar não foi a primeira oferta recebida pelo Atlético-MG. Em fevereiro, durante o Campeonato Sul-Americano Sub-20, no qual Alisson foi campeão com a Seleção Brasileira, o Leicester, da Inglaterra, apresentou uma proposta de 13 milhões de euros mais bônus, mas a diretoria atleticana optou por recusar a oferta, aguardando melhores condições.
A chegada de Alisson ao Shakhtar Donetsk reforça a tradição do clube ucraniano em investir em talentos brasileiros, sendo mais um capítulo na trajetória do Shakhtar em impulsionar jovens promessas do futebol brasileiro no cenário europeu.