Julio Casares, presidente do São Paulo, é o convidado do CNN Esportes S/A desta semana. Em entrevista ao apresentador João Vítor Xavier, da CNN Brasil, o dirigente explicou como deve funcionar o novo modelo de gestão das categorias de base do Tricolor.
Segundo o cartola, um investidor faria um aporte financeiro para o departamento. Em troca, ele teria uma porcentagem dos direitos econômicos dos atletas revelados pelo clube, o que significa que uma parte das vendas seria destinada a esse investidor. O objetivo é revelar mais jogadores.
Ainda de acordo com Casares, Evangelos Marinakis, dono do Olympiacos e do Nottingham Forest, procurou o clube para possíveis projetos, mas negou que um deles seja transformar o São Paulo em SAF.
“Fui procurado no ano passado diretamente pelo Marinakis, um empresário bilionário que gosta de futebol. Ele me procurou, queria me conhecer. Eu não o conhecia pessoalmente, tivemos um encontro em São Paulo, dois encontros em Londres, estamos conversando sobre grandes projetos. Agora, eu não estou falando de SAF”, contou.
Casares negou que pretenda vender a base Tricolor e explicou em detalhes o projeto.
“Quando eu falo da base não é vender a base, porque o São Paulo tem um patrimônio próprio, tem o know-how, tem seus profissionais, tem um patrimônio. Isso é inegociável. O que o São Paulo e os formadores de opinião têm que entender é que o mercado de base mudou. O que o São Paulo está fazendo de forma inédita é se adaptar a esse mercado”, afirmou.
“A vinda de um investidor é com o quê? Ele ganha o retorno do que colocou, mas me dá condição. Em vez de vender um Beraldo por ano, vender quatro, cinco. Com isso ele ganha, nós ganhamos, e não compromete o patrimônio”, explicou.
“Você não está montando uma SAF de patrimônio, não. É uma operação em você vai ganhar no êxito. Então, o São Paulo é majoritário, esse investidor vai fazer um aporte. Você pode ir ao mercado aumentar a produção de atletas. Ou seja, se você tem uma plataforma que oferece 20% de jogadores de categoria A, vamos tentar jogar para 40%, para que esses 40% sejam produtos para atender ao profissional, e esse investidor vai fazer a sua participação para que ele consiga estabelecer o retorno do seu investimento”, finalizou.