Clubes realizam ações no Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Nesta quarta-feira (2), acontece o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A inclusão de pessoas da comunidade é algo cada vez mais frequente nos estádios brasileiros.

Por conta do barulho gerado pelos torcedores, pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem sofrer grande incômodo nos palcos do principal esporte nacional. Diversos times têm desenvolvido salas sensoriais e levado atrações variadas para que o público consiga assistir aos jogos com mais tranquilidade.

Em 2024, o Allianz Parque, casa do Alviverde, inaugurou uma sala sensorial que acolhe palmeirenses portadores do TEA que desejam acompanhar o time do coração in loco.

O local apresenta equipamentos adaptados e profissionais capacitados para auxiliar os fãs. A sala também recebe pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Desenvolvimento de Linguagem (TDL) e Síndrome de Down. O espaço foi projetado com tratamento acústico, o que reduz o som externo em 40 decibéis.

Rio Grande do Sul

No sul do país, dois clubes tradicionais e campeões nacionais – Internacional e Juventude – têm realizado diversas ações em prol da inclusão da comunidade autista no esporte.

No Beira-Rio, o Colorado possui um time especializado para ajudar os torcedores que apresentam necessidades motoras ou cognitivas. Nas tribunas do estádio, a equipe conta com um espaço especial para receber os fãs diagnosticados com o TEA.

A sala sensorial no Internacional conta com visão para o campo, fechada, com ar-condicionado e equipado com abafadores e climatização, com todo o conforto necessário para receber os torcedores colorados com TEA, além de uma diretoria específica de inclusão social e uma equipe de acessibilidade dentro do estádio.

“A sala inclusiva oferece um ambiente acolhedor para até sete pessoas com espectro autista e seus acompanhantes durante os jogos, garantindo uma experiência personalizada, levando em consideração as necessidades individuais de cada um”, explica Letícia Vieira de Jesus, vice-presidente de Relacionamento Social do Internacional.

O Juventude oferece camarotes exclusivos para as famílias que possuem membros com autismo. Além disso, o Alviverde disponibiliza fones redutores de ruído e projetos para a comunidade, como a criação da torcida organizada exclusiva para autistas. Fabiano Pizetta, diretor de marketing e ações sociais do time gaúcho, explica sobre o planejamento e a execução de ações com foco na inclusão social.

“Entendemos a importância do Juventude na sociedade, e o impacto que a inclusão causa na vida dos portadores de TEA. Nosso camarote adaptado já existe há pelo menos dois anos, e está em constante reforma para melhor acolher os autistas. O camarote adaptado, uma acolhida especial e um manejo correto são os principais passos para que esses jovens e crianças sintam-se verdadeiramente incluídos, e que desfrutem da melhor maneira da experiência dos jogos”, aponta Fabiano.

Cuiabá, Fortaleza e Sport

No Centro-Oeste brasileiro, quem também realizou ativações voltadas para a comunidade foi o Cuiabá. Com a realização de parcerias com o governo do estado de Mato Grosso, o Dourado adotou medidas inclusivas, e com as ações, diversas crianças portadoras de autismo conheceram a Arena Pantanal.

“A inclusão é uma das prioridades para o Cuiabá. Trabalhamos sempre para oferecer um ambiente adequado aos pequenos torcedores com autismo. Sem dúvidas, essa é uma das partes mais bonitas do esporte e é algo extremamente gratificante vê-los se divertindo em nossa casa”, aponta Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.

O Fortaleza oferece abafadores de ruído para os torcedores diagnosticados com autismo. Os fãs que quiserem utilizar o produto devem solicitar o equipamento até um dia antes do jogo. Marcelo Paz, CEO do clube nordestino, explica sobre a importância do esporte como meio de inclusão social.

“O futebol é para todos, sem exceção. Por isso, estamos comprometidos em oferecer um ambiente inclusivo para nossos torcedores que se enquadram no espectro autista. Acreditamos que todos têm o direito de viver a paixão pelo Fortaleza, independentemente de suas condições”, comenta Marcelo Paz, CEO do clube.

Em parceria com o Instituto Somar, o Sport disponibiliza em sua sede social uma clínica para atendimento a autistas. Com área de 1.800 metros quadrados, o espaço tem capacidade para até 100 atendimentos por dia.

“Consolidamos o Sport como um clube que trabalha forte o seu lado social. As ações já realizadas provam isso. A Somar, que faz um trabalho espetacular, tem contribuído ainda mais com o nosso propósito”, comenta Yuri Romão, presidente do Sport.

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