O Colo-Colo criticou a Conmebol e as autoridades chilenas pelo caos instaurado no Estádio Monumental David Arellano, nesta quinta-feira (10), antes e durante o jogo contra o Fortaleza pela fase de grupos da Copa Libertadores.
“Como Club Social y Deportivo Colo-Colo lamentamos e condenamos profundamente os fatos ocorridos na antesala da partida pela Copa Libertadores”, iniciou o Colo-Colo em um comunicado publicado nas redes sociais.
“Com base nas primeiras informações, os episódios teriam acontecido cerca de uma hora e meia antes do começo do jogo, [razão] pela qual condenamos os responsáveis que tomaram a decisão de que a partida começasse. O ocorrido no dia de hoje (quinta) nos confirma que o Plano Estádio Seguro fracassou, pelo que urge uma nova institucionalidade que dê garantias de segurança e bem-estar aos assistentes”, disse ainda o clube.
O Plano Estádio Seguro é uma lei de 2011 implementada no primeiro mandato do presidente Sebastián Piñera. A ideia da lei era frear os episódios de violência nos estádios e regular a segurança de espetáculos esportivos.
O plano envolve a ANFP (Associação Nacional de Futebol Profissional), as Delegações Presidenciais Regionais e Provinciais e os Carabineros de Chile (a política ostensiva do país).
Morte de torcedores
De acordo com informações da CNN Chile, torcedores aglomeraram-se do lado de fora do estádio, gritando e arremessando objetos contra a segurança.
A Polícia respondeu com canhões de água e reforço no contingente, mas a situação se agravou quando parte da multidão tentou forçar a entrada, derrubando uma das cercas do perímetro. Várias pessoas ficaram presas no local e duas morreram.
As circunstâncias exatas das mortes ainda estão sob investigação, mas duas hipóteses são consideradas: a primeira aponta que uma viatura policial pode ter passado sobre a cerca desabada, esmagando duas vítimas. A segunda sugere que as mortes tenham sido causadas por uma avalanche humana durante o tumulto.
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Jogadores do Fortaleza correm para o vestiário após invasão no gramado • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Jogadores do Fortaleza correm para o vestiário após invasão no gramado • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcedores do Colo-Colo invadem estádio Monumental e jogadores do Fortaleza correm para o vestiário • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcedores do Colo-Colo invadem estádio Monumental e jogadores do Fortaleza correm para o vestiário • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcedores do Colo-Colo invadem estádio Monumental e jogadores do Fortaleza correm para o vestiário • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcedores do Colo-Colo invadem estádio Monumental e jogadores do Fortaleza correm para o vestiário • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcedores do Colo-Colo invadem estádio Monumental e jogadores do Fortaleza correm para o vestiário • Marcelo Hernandez/Getty Images
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Torcida do Colo-Colo acende sinalizadores no jogo contra o Fortaleza • Marcelo Hernandez/Getty Images
Invasão e jogo interrompido
Apesar dos incidentes, o jogo começou como previsto, mas foi interrompido quando uma multidão invadiu o gramado de forma violenta, rompendo o esquema de segurança.
O quebra-quebra começou por volta dos 24 minutos do segundo tempo, quando o placar apontava 0 a 0. Torcedores do time chileno quebraram vidros e grades que separavam a arquibancada do estádio Monumental de Santiago, invadiram o campo, além de arremessarem pedaços de ferro no gramado.
Por conta da confusão, jogadores do Fortaleza correram para o vestiário e abandonaram a partida. O estádio foi evacuado e a Conmebol tentou retormar a partida, mas acabou por cancelar o jogo em definitivo.