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Colo Colo: vítima de tragédia tinha 12 anos e acompanhava cadeirante

A quinta-feira (1) foi marcada por cenas de violência e caos nos arredores do Estádio Monumental, em Santiago, antes, durante e após a partida entre Colo Colo e Fortaleza, válida pela fase de grupos da Copa Libertadores.

O jogo ficou em segundo plano diante da tragédia: dois torcedores morreram em meio a uma tentativa de invasão ao estádio, localizado na comuna de Macul.

As vítimas são um menino de 12 anos e uma jovem de 18. Segundo informações divulgadas pelo jornal “La Tercera”, o garoto acompanhava uma pessoa em cadeira de rodas no momento do incidente.

Nesta sexta-feira (11), porém, autoridades chilenas confirmaram que nenhuma das vítimas portava ingresso para a partida — ao contrário do que afirmaram familiares à imprensa.

O que aconteceu?

O episódio ocorreu quando centenas de torcedores tentaram forçar a entrada no estádio, provocando uma espécie de “avalanche humana”.

Informações preliminares indicam que uma das grades do perímetro de segurança cedeu, deixando várias pessoas presas. A partir daí, as circunstâncias que levaram às mortes ainda estão sendo apuradas.

Duas hipóteses são consideradas pelas autoridades: a primeira aponta que um veículo da polícia teria passado por cima da grade caída, atingindo as duas vítimas.

A segunda sugere que o esmagamento teria ocorrido em razão da pressão da multidão, que atropelou os jovens ao avançar sobre a barreira metálica.

Polícia usou gás de pimenta e piorou tumulto

Apesar da tragédia, a partida teve início normalmente, sendo interrompida apenas após um novo rompimento da segurança — desta vez, com a invasão de dezenas de pessoas ao interior do estádio.

Testemunhas e familiares, no entanto, contestam as versões oficiais e afirmam que os jovens foram atropelados por um carro da polícia equipado com canhão de gás lacrimogêneo, após o colapso de uma grade em meio ao tumulto.

Segundo relatos, o uso de gás de pimenta teria gerado pânico generalizado, agravando a situação.

Famílias afirmam que vítimas tinham ingresso para o jogo

As declarações oficiais divergem dos relatos das famílias. Camila, irmã de M.L.L., o garoto de 12 anos, afirmou que o irmão possuía ingresso e que havia saído de casa acompanhado de amigos.

“Ele era travesso, a alegria da casa. Tinha ingresso e pediu permissão para ir ao jogo com os amigos”, relatou, emocionada.

Morador do bairro Jaime Eyzaguirre, em Macul, M.L.L. era descrito como um menino alegre, de origem humilde e ex-aluno do atual prefeito de San Joaquín, Cristóbal Labra.

Família teve dificuldade de encontrar corpo

Familiares relataram ainda a dificuldade em localizar o menino após o tumulto. Inicialmente, disseram que ele estaria na 46ª Delegacia; depois, na 18ª de Ñuñoa. Somente horas depois, seu corpo foi encontrado na clínica Bupa, em frente ao estádio.

“Ligávamos e ninguém dava informação. Depois de tanta insistência, minha mãe atravessou até a clínica — e ele estava lá. Já sem vida”, contou Camila.

Segundo ela, o falecimento só foi confirmado após a chegada de agentes das Forças Especiais, o que provocou desespero entre os presentes. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a família foi retirada do local pelos Carabineros.

“Ela estava com o ingresso”

A irmã da jovem de 18 anos também contesta a versão de que a vítima não tinha ingresso. “Ela estava com a entrada. Não é que foram pular”, afirmou, destacando que a jovem ainda portava seu documento de identidade no momento do ocorrido.

“Ela não fazia bagunça, era uma menina tranquila”, completou. A família responsabiliza a polícia pela morte e promete buscar justiça: “Vamos até as últimas consequências. Vou entrar com ações judiciais, preciso de apoio legal. Estamos destruídos”.

Investigação em curso e policial já é investigado como suspeito

A Brigada de Homicídios da Polícia de Investigações (PDI) assumiu a apuração do caso, que está sendo tratado como homicídio.

Até o momento, nenhum agente dos Carabineros foi formalmente acusado, mas, na noite de quinta-feira, o ministro da Segurança Pública, Luis Cordero, confirmou que o condutor de um dos veículos lançadores de água está sendo investigado como suspeito.

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