como o Vélez Camaquã chegou às oitavas de final para enfrentar o Joinville – LNF

Gustavo Pellisoli está na segunda temporada pelo clube e já teve o contrato renovado para 2026.
| Foto: Ricardo Weschenfelder

Pela primeira vez na principal competição de futsal do país, o Vélez Camaquã cumpriu o principal objetivo estabelecido no começo do ano: chegar aos playoffs. O Alviazul terminou com a 12ª colocação na primeira fase da Liga Nacional de Futsal e terá o tradicional Joinville pela frente nas oitavas de final nos dias 15 e 23 deste mês.

Desde as primeiras rodadas, o clube dava indícios de que realmente iria buscar a classificação. As boas atuações, principalmente em casa, no Ginásio Wadislau Niemxeski, assim como os embates equilibrados contra equipes mais destacadas, mostraram que o time tinha capacidade de estar entre os 16 melhores.
O clube é bem estruturado, e o projeto também passa pelo desejo do acesso à primeira divisão do Gauchão. O time está classificado para as oitavas de final e jogará contra o Fontoura Xavier. A primeira partida será neste sábado (11).

Vale destacar que a vaga na Liga Nacional foi obtida após a desistência da Assoeva, clube que encerrou as atividades no começo do ano. O Alviazul assumiu a licença da equipe de Venâncio Aires após negociação com a Ícone Sports, fornecedora de materiais esportivos, que era a proprietária da vaga.
Objetivo alcançado na Liga Nacional

Na LNF, o time soma 11 vitórias, dois empates e 10 derrotas. O artilheiro do clube é o fixo Xitão, que marcou 11 gols em 21 jogos.

Dentro das quadras, o elenco é comandado pelo jovem Gustavo Pellisoli, de 30 anos. Ele também disputa a Liga Nacional pela primeira vez e já desponta como uma promessa entre os treinadores do país. Em sua segunda temporada no clube, já renovou o contrato para 2026, o que reforça a boa fase.

O jovem treinador respira futsal na maior parte do dia, incluindo nos momentos livres, com estudos relacionados ao esporte e análises sobre adversários.

Ricardo Weschenfelder
|Alviazul confirmou a classificação ao vencer o Umurama com duas rodadas de antecedência.
Foto: Ricardo Weschenfelder

No começo da temporada, Zero Hora esteve em Camaquã para entender as expectativas do Alviazul para o primeiro ano na LNF. Independentemente do cargo no clube, o pensamento era claro quanto ao principal objetivo do ano: a classificação para as oitavas de final.

Segundo o técnico, o segredo para surpreender na Liga está no pensamento do clube em cada rodada. A ideia era tratar todos os jogos como finais para que os jogadores assimilassem de forma rápida a dificuldade da competição.

— É difícil apontar um momento específico, porque enfrentamos cada partida como se fosse uma final. Após cada jogo, o mais importante passava a ser o próximo. Por mais que isso gere desgaste físico e mental, foi justamente essa exigência que manteve a equipe concentrada e competitiva ao longo da caminhada — lembrou Pellisoli, que assumiu o Vélez Camaquã em 2024, segundo ano da carreira treinando times profissionais.

Outro fator fundamental para o bom desempenho da equipe foram os pontos conquistados dentro de Camaquã. Dos 35 pontos, 25 foram obtidos no Ginásio Wadislau Niemxeski. Além do apoio do torcedor, Pellisoli também aponta que a montagem do elenco foi outro diferencial para a temporada.
— São jogadores com personalidade, que enfrentam qualquer cenário com coragem e muita atitude. Ao longo da competição, o grupo amadureceu, passou a interpretar melhor cada contexto e entender o que cada partida exigia — explicou o treinador.

Ricardo Weschenfelder
Acesso para a elite do futsal gaúcho também é um dos objetivos do clube em 2025.
| Foto: Ricardo Weschenfelder

A outra meta da temporada: Série do Gauchão

Assim como a classificação para os playoffs, o Vélez Camaquã tem outro objetivo para atingir. O Alviazul busca garantir vaga na Série A do Gauchão do próximo ano. Neste momento, o clube está classificado para as oitavas de final e enfrentará o Fontoura Xavier neste sábado (11), fora de casa, e no dia 18 deste mês, em Camaquã.

Para avançar à elite do futsal gaúcho, o Vélez terá de chegar à final da Série B. Conforme apontado por Gustavo Pellisoli, tem sido complicado conciliar as duas competições, mas o clube segue acreditando no acesso.

— Sem dúvidas esse é o nosso maior desafio. Além da logística e do acúmulo de jogos, existem fatores emocionais que influenciam bastante. Enquanto a LNF representa o sonho e o prestígio de enfrentar as maiores equipes do país, o Gauchão exige força mental e adaptação constante a diferentes contextos, como dimensões de quadra, ritmo e clima das partidas. São desafios distintos, que testam o grupo sob diferentes aspectos. Conquistar o acesso seria o fechamento ideal de uma temporada exigente e importante para o clube — disse Gustavo Pellisoli.

O que esperar nas oitavas de final na LNF

Juliano Schmidt
Pela primeira fase, os gaúchos foram derrotados pelo Joinville por 6 a 1.
| Foto: Ricardo Weschenfelder

Agora, o foco do Vélez Camaquã são os dois jogos contra o Joinville, pelas oitavas de final. As partidas serão disputadas nos dias 15 e 23 deste mês, com o segundo jogo marcado para Santa Catarina.
As equipes se enfrentaram na primeira fase, com goleada dos catarinenses por 6 a 1. O duelo ficou marcado pela escalação irregular de um atleta do Joinville, que culminou na perda de seis pontos para o time. Os gaúchos não foram beneficiados pela decisão.

Na primeira fase, o Joinville terminou em quinto lugar com 42 pontos. Ainda neste ano, o clube foi campeão da Supercopa, no começo da temporada, e chegou a disputar a Libertadores da modalidade, terminando com a terceira colocação.

A tradição somado ao bom desempenho neste ano colocam o JEC, campeão da Liga Nacional em 2017, como favorito no confronto. Mesmo assim, o Vélez Camaquã acredita que pode surpreender e vai aproveitar a oportunidade para seguir honrando a cidade da Região Sul do Estado.

— Sabemos da força do Joinville e da exigência que esses confrontos vão impor. É um grande desafio, mas também uma enorme oportunidade. Confiamos no que foi construído e na evolução da nossa equipe ao longo da competição. Vamos competir com confiança e entrega, entendendo o tamanho do feito que é estar aqui, mas com a mesma vontade de seguir avançando. Nosso grupo quer vencer, quer continuar fazendo história e representar Camaquã da melhor forma possível — concluiu Gustavo Pellisoli.

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