A diretoria do Corinthians identificou carências importantes no elenco, mas sabe que não poderá fazer grandes investimentos na janela de transferências de julho, devido ao momento financeiro delicado do clube. A ideia do Timão é não gastar para adquirir direitos econômicos de jogadores; ou seja, o foco será em atletas que não possuem vínculo com outra agremiação ou em negociações por empréstimo.
Essa tem sido uma prática comum no Corinthians há anos, em diferentes gestões. Nomes importantes como Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes, Willian, Romero, André Ramalho, André Carrillo, Igor Coronado e Memphis Depay foram contratados nesses moldes, com “apenas” os gastos de salário, direitos de imagem, luvas e bonificações.
Na janela de transferências de janeiro, o único atleta contratado pelo clube veio “sem custos”. O lateral-esquerdo Fabrizio Angileri rescindiu com o Getafe-ESP antes de assinar com o Timão.
Carências no elenco
A diretoria corintiana sabe que o plantel é desequilibrado. No diagnóstico realizado internamente, entendeu-se que o time carece de, pelo menos, um ponta, um meia e um zagueiro.
Qualquer movimento na janela de transferências, porém, passará pelo novo treinador. Após receber “não” de Tite, o Timão está em tratativas com Dorival Júnior.
Há o entendimento de que, com um trabalho coletivo mais sólido, a defesa possa transmitir mais confiança. Embora alguns jogadores ainda estejam devendo, parte da cúpula corintiana entende que o time estava muito exposto sob o comando de Ramón Díaz.
Problemas financeiros
O balanço financeiro de 2024 aponta que a dívida do Corinthians saltou para a casa dos R$ 2,5 bilhões, contabilizando o passivo do clube e o financiamento da Neo Química Arena. O diretor financeiro Pedro Silveira, porém, considera que o valor correto é de cerca de R$ 2,4 bilhões, descontando o adiantamento de R$ 150 milhões da LFU (Liga Forte União), que entra no orçamento como empréstimo.
O Timão aumentou em 30% seu endividamento e apresentou um déficit de R$ 181 milhões na temporada passada.
Por isso, ficou estabelecido que o plano para 2025 seria reduzir drasticamente os investimentos no futebol, aproveitando apenas oportunidades de mercado.