As denúncias que levaram à demissão de Bruno Korquievicz, ex-gerente administrativo da base do Corinthians, envolviam conversas de teor sexual com três atletas do clube. Dois deles, menores de idade.
Nesta terça-feira (29), o Uol Esporte divulgou o conteúdo de mensagens de áudio que foram enviadas pelo profissional aos atletas:
- “Vocês estão há muito tempo sem comer ninguém, então acho que vocês fizeram um calendário da punheta”;
- “Se fosse o amigo que eu quisesse macetar, eu chamaria mais ainda”;
- “É boa essa cama?” e, após ouvir que não, o gerente diz “só ajoelhou, né?”
- “Uma coisa é mulher, outra coisa é olhar o pau do cara e descobrir se é grande”.
A gravação dos conteúdos foi feita pelos próprios jogadores, incomodados com o hábito considerado frequente do profissional. O material foi levado à diretoria do Corinthians, que optou pelo desligamento do profissional na última semana.
Em nota enviada ao Uol, a assessoria de Bruno Rodrigues, admitiu ser dele a voz dos áudios, mas negou se tratar de um assédio sexual. A defesa considera “inapropriada e inadequada a conversa ocorrida entre os envolvidos e afirma que vai buscar garantir que ela não seja tirada de contexto para que não haja utilização do episódio para fins diversos”.
Após a publicação do caso, o Corinthians publicou nota oficial alegando que o tema seria investigado internamente. Até o momento, é o único pronunciamento público do clube paulista sobre o caso.
Contratado no fim de 2024 pelo Corinthians, Bruno é filho do ex-jogador Ricardinho, ídolo do Corinthians e hoje comentarista da TV Globo.