Não é uma cena incomum em hotéis da Europa Mediterrânea. O que era atípico naquele grupo de garotas risonhas se jogando umas às outras em uma piscina era que elas não estavam em Magaluf, em Maiorca, na Paradise Beach, em Mykonos, ou na Playa d’en Bossa, em Ibiza. As jovens de 20 e poucos anos estavam à flor da pele em Besançon, uma aconchegante cidade-guarnição sob as Montanhas Jura, famosa por sua arte, creperias, fortalezas, fontes e ópera. Sim, elas estavam embriagadas, mas essas jovens polonesas estavam embriagadas de euforia, e não de álcool.
Elas estavam a momentos de perder a primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA™. Então, Kasia Wlodarczyk habilmente passou a bola por três finlandesas em movimento para Agata Bala finalizar. O apito final soou apenas 17 segundos depois. A Polônia seguia para as Filipinas em 2025.
“É difícil dizer, porque mal me lembro desses momentos”, disse Wlodarczyk à FIFA sobre o que se passava em sua cabeça com o relógio marcando 30 segundos. “Eu definitivamente prefiro estar em campo em situações como essa – acho que não conseguiria lidar com o nervosismo de ficar no banco. Uma coisa é certa: nunca deixei de acreditar e nem me permiti pensar que poderíamos não nos classificar para a Copa do Mundo.”
“Foi algo incrível – eu queria que todo atleta pudesse experimentar emoções tão lindas quanto essas. Foi uma explosão de pura euforia, e quando o apito final soou, lágrimas de alegria começaram a rolar. Houve muita dança e canto alegre. Nosso hotel tinha uma pequena piscina, então é claro que acabamos jogando todo mundo um por um! (risos) Foi pura felicidade – risos, abraços e comemorações por toda parte. Ficamos muito orgulhosos, percebendo que tínhamos acabado de fazer história para o futsal polonês.”
Bala foi sem dúvida a estrela do torneio classificatório europeu, exasperando os adversários com seu arsenal alucinante de truques, armando gols e marcando-os. Wlodarczyk acredita que ela iluminará as finais globais.
“Agata é uma jogadora incrível com habilidades técnicas excepcionais, especialmente em situações de um contra um”, comentou ela. “Ela tem um ótimo controle de bola e pode mudar o curso de uma partida em um único momento.”
A Polônia caiu no Grupo A, juntamente com Argentina, Marrocos e Filipinas. A equipe de Wojciech Weiss terá a honra de jogar contra os anfitriões em sua partida de estreia, em meio a uma atmosfera eletrizante garantida na PhilSports Arena, em Pasig City, na região metropolitana de Manila.
“Mal posso esperar o torneio começar”, disse Wlodarczyk. “Nossa partida de estreia contra os anfitriões certamente terá uma carga emocional extra. As Filipinas terão uma torcida lotada, então a atmosfera certamente será incrível. Será um grande desafio, mas também uma grande fonte de motivação – esses são exatamente os tipos de jogos que você sonha em disputar.”
A Argentina ocupa a sexta posição no Ranking Mundial Feminino de Futsal da FIFA e conta com jogadoras magníficas como Luciana Natta, Silvina Nava e Becha Nunez.
“São definitivamente uma equipe muito forte, tanto técnica quanto taticamente”, disse Wlodarczyk. “As jogadoras argentinas são confiantes, bem organizadas e têm jogadores individuais que podem fazer a diferença a qualquer momento.”
Em termos de momentos, Wlodarczyk está vivendo o melhor de sua vida. Certamente ficará ainda melhor quando ela liderar a Polônia na Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA.
“Para mim, é sempre uma grande honra e um privilégio incrível”, disse a jogadora de 26 anos. “Entrar como capitã e ouvir o hino nacional traz uma onda de emoções positivas – orgulho, entusiasmo e uma forte motivação para dar tudo pela equipe e pelo país. Há muita emoção na equipe. Todos sabemos que um evento especial nos espera. Queremos estar totalmente preparados e mostrar o nosso melhor lado, dando tudo de nós em campo. Temos um grupo de WhatsApp. A energia lá é sempre alta, especialmente à medida que o campo de treinamento ou uma partida se aproxima. Queremos mostrar o nosso melhor lado. Se nos mantivermos totalmente focados em nossas tarefas em cada partida, sair da fase de grupos está ao nosso alcance. Faremos tudo o que pudermos para conseguir isso, e o que acontecer depois disso, o tribunal decidirá.”
