A Fifa suspendeu nesta quinta-feira (7) as federações de futebol da República do Congo (FECOFOOT) e do Paquistão (PFF), impedindo ambas de participar de competições internacionais.
A decisão, anunciada pelo órgão máximo do futebol mundial, ocorre após alegações de violação de estatutos e interferências externas.
Congo: sede invadida e missões frustradas
A suspensão da FECOFOOT foi motivada por “ingerência de terceiros” em suas operações, descumprindo obrigações previstas nos estatutos da Fifa. A entidade afirmou que a medida foi tomada após consulta à Confederação Africana de Futebol (CAF) e duas missões fracassadas a Brazzaville, capital do país.
“A suspensão só será revogada quando a FECOFOOT recuperar o controle total de sua sede e instalações”, destacou a Fifa em comunicado.
Paquistão: impasse em reformas constitucionais
Já a PFF foi punida por não aprovar mudanças em sua Constituição que garantissem “eleições verdadeiramente justas e democráticas”. O Paquistão acumula histórico de suspensões: em 2017 e 2021, também por interferência externa. A última punição havia sido retirada em junho de 2022, após o Comitê de Normalização da PFF assumir o controle das finanças e instalações.
A Fifa reforçou que a readmissão do país depende da aprovação do texto constitucional proposto pela entidade e pela Confederação Asiática de Futebol (AFC).
Resistência interna no Paquistão
Haroon Malik, presidente do Comitê de Normalização da PFF, afirmou à imprensa local que “a maioria dos membros eleitos do Congresso da federação rejeitou as alterações sugeridas pela Fifa”. Segundo ele, todas as eleições já foram concluídas, e os novos membros assumirão a próxima fase de gestão.
As suspensões afetam imediatamente o direito das seleções e clubes de ambos os países de disputar torneios internacionais.
A Fifa não informou prazos para revisão das punições.
