A quinta-feira (16) começou agitada no Flamengo, com mais de 50 demissões nas categorias de base. Entre os desligados estão jogadores e funcionários, incluindo técnicos das equipes sub-11 ao sub-16. Raphael Bahia, treinador da equipe que disputou a Copinha, foi um dos afetados. A medida faz parte de uma ampla reestruturação liderada pela nova diretoria do clube.
O objetivo é otimizar a gestão das divisões inferiores e alinhar a filosofia da base com a do time profissional. Segundo o clube, o diagnóstico apontou excesso de cargos e funções redundantes, além de práticas desalinhadas ao modelo de formação idealizado.
Declarações e mudanças no comando
José Boto, responsável pela reestruturação, destacou a necessidade de ajustes no departamento.
Sinceramente, há pessoas fazendo exatamente a mesma coisa que outras. Isso não é necessário – comentou em entrevista ao ge na quarta-feira (15).
Ele também ressaltou a importância de mudar o foco do treinamento na base.
Muitos treinadores trabalham como se estivessem comandando equipes profissionais. O conceito precisa ser formar jogadores, não apenas treinar sistemas táticos, mas sim desenvolver fundamentos típicos do futebol brasileiro.
Carlos Noval, agora à frente da coordenação da base, está encarregado de implementar essas mudanças.
Impacto e próximas medidas
As demissões geraram repercussão no clube e criaram um clima de incerteza. A tendência é que novas alterações sejam realizadas nas próximas semanas, seguindo o plano de reestruturação.
Os dirigentes pretendem alinhar o trabalho das categorias inferiores à filosofia do profissional, confira a nota oficial do Flamengo:
O Clube de Regatas do Flamengo informa que está promovendo uma reestruturação estratégica nas categorias de base, com o objetivo de fortalecer ainda mais o seu papel como formador de grandes talentos do futebol, uma marca do DNA Rubro-Negro.
Essas mudanças estruturais visam alinhar as categorias de base do clube à filosofia de trabalho adotada no futebol profissional, garantindo uma integração vertical das ideias e padronização do modelo de jogo. A reformulação ainda inclui a adoção de práticas mais modernas, replicadas nos principais clubes do mundo, com foco na otimização de processos, funções e elencos.
Reação e expectativas
As decisões marcam mais um capítulo das transformações no Flamengo, que já havia passado por mudanças no departamento médico recentemente. A diretoria acredita que a reestruturação vai trazer maior eficiência e elevar o nível das categorias de base, consolidando o clube como referência na formação de talentos.
O Flamengo agora aposta em uma gestão mais enxuta e alinhada ao modelo europeu, buscando manter sua posição de destaque no cenário nacional e internacional.