Uma coincidência envolveu o futebol, uma das maiores paixões do Papa Francisco, e o horário e data da morte do pontífice.
Francisco era torcedor declarado do San Lorenzo, da Argentina. Ele foi homenageado pelo clube.
Em sua carteirinha de sócio que foi divulgada pelo “Ciclón”, há dados como o nome real do Papa, Jorge Mario Bergoglio, a modalidade de sócio simples e data de admissão em 12/03/2008.

Porém, o número de associado do então Arcebispo de Buenos Aires chamou atenção de internautas: 88235.
Francisco morreu aos 88 anos de idade às 2h35h da madrugada, no horário de Buenos Aires, e 7h35 da manhã no horário de Roma desta segunda-feira (21).
Papa e o futebol
Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, sempre foi fã de futebol, em especial, do San Lorenzo. O clube de Buenos Aires é muito respeitado no Vaticano e era citado em algumas falas do pontífice.
Papa Francisco foi criado no bairro Flores, em Buenos Aires, mesmo local da origem do San Lorenzo, e sua paixão pelos Los Cuervos foi transmitida por seu pai, que sempre o levou para o El Gasómetro, estádio do clube, na época de sua infância.
Inclusive, em 2013, em uma carta enviada ao presidente do San Lorenzo, divulgada pelo site “Futebol Portenho”, o papa Francisco falou sobre o sentimento de relembrar esse momento da infância
“Ao ler suas palavras, estão vindo à minha memória belas lembranças, começando desde a minha infância. Seguia, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni!”
O título argentino de 1946 marcou uma equipe histórica do San Lorenzo, que contava com nomes como Pontoni, Basso e Martino. Além da conquista nacional, a equipe portenha brilhou em uma excursão na Europa, obtendo vitórias importantes sobre as seleções da Espanha e de Portugal.
Fim da maldição na Libertadores
O Santo Padre também pôde presenciar a recente campanha histórica do clube. Em 2013, o San Lorenzo foi campeão argentino após amargar um jejum de seis anos sem título.
No ano seguinte, o time comandado por Edgardo Bauza conquistou o continente e superou a maldição de ser o único grande do futebol argentino sem um título da Libertadores, passando inclusive por Grêmio e Cruzeiro para chegar à final.
Francisco guardava as lembranças deste período de ouro com muito carinho. Ele chegou a receber o elenco do Ciclón ao lado da taça da Libertadores no Vaticano.