O Conselho Deliberativo do Internacional aprovou na noite da última segunda-feira (17) a proposta enviada pelo Conselho de Gestão, que tem como objetivo aumentar as receitas do Colorado sem perder a identidade do clube. Com a medida aceita, o Inter prevê um aumento de até R$25 milhões em receita.
Em nome do Conselho de Gestão do Internacional, o presidente Alessandro Barcellos elencou os motivos que levaram a diretoria a propor a recomposição nas obrigações sociais do Clube. De acordo com o mandatário alvirrubro, as duas únicas atualizações promovidas nas mensalidades ao longo dos últimos 10 anos deixaram as receitas coloradas defasadas na rubrica de sócios e sócias.
Combater este déficit, de acordo com Alessandro, torna-se um importante compromisso, e de reduzido impacto no bolso dos associados(as), para fazer o Inter mais competitivo dentro de campo.
“Os sócios e sócias sempre foram os principais patrocinadores do Internacional, e esse protagonismo histórico será reforçado por meio do combate à defasagem da última década. A recomposição permitirá maior capacidade financeira para o nosso Clube, uma vez que, por meio da atualização das obrigações sociais, retomaremos a relação entre o crescimento do nosso quadro social – que bate, ano após ano, recordes nominais – com o valor obtido com as receitas recorrentes.” – Alessandro Barcellos.
Com o anúncio recente do novo patrocinador máster, e uma receita anual que pode ultrapassar os R$100 milhões de reais apenas em patrocinadores, o Internacional vem buscando potencializar receitas ligadas a patrocínios, publicidade, licenciamento, e agora no sócio-torcedor.
“Quando analisamos a geração de receita, a gente entende que existe uma forte correlação entre desempenho esportivo e arrecadação. Por isso, precisamos reforçar nossas estruturas, o que não significa apenas os sócios e sócias. Não existe uma fórmula mágica, uma bala de prata. Precisamos fazer bem todas as linhas de receitas. E, com sete meses, já estamos devolvendo bastante entrega nos tópicos que a consultoria da Bain & Company mostrou que tinham horizonte de crescimento. Fechamos o maior contrato da história do Clube no master, fazendo com que esse ativo passasse a valer mais do que o dobro. Também tivemos um crescimento médio de 52% nos contratos de patrocínio com nossos parceiros atuais. Valorizamos nossos ativos digitais, atualizamos o E-commerce, antecipamos a renovação do nosso contrato com a adidas, uma multinacional, melhorando em quase três vezes os valores firmados. Isso vai nos permitir ser muito mais competitivos dentro e fora de campo.” – conta o Diretor Executivo de Marketing e Receitas do Clube, Marcos Silveira.
Já o Diretor Executivo de Finanças do Internacional, Aldoir Pinzkoski Filho, aprofundou os números que simbolizam a defasagem das obrigações sociais do Clube no cenário do futebol brasileiro. Além disso, o profissional sublinhou os ganhos que o Colorado projeta obter com a aprovação da proposta de recomposição.
“O Inter tem a quinta menor mensalidade do Brasil. De 19 clubes, estamos em 15º. Nossa média está em 78 reais. Estamos sempre abaixo dos índices de inflação – ou seja, a defasagem está sempre acontecendo. A mensalidade tem uma defasagem de 24,09% quando considerado o IPCA e de 48,30% no IGPM. Estamos propondo uma reposição de 25,43%, o que representa um acréscimo superior a dois milhões de reais por mês. E estudos mostram que o risco de perda de sócio pode existir, mas é minimizado. Talvez, aconteça troca de sócios, mas não perda.” – Aldoir Pinzkoski Filho
Concluída a votação e oficializada a atualização das obrigações sociais, o Clube, agora, dará prosseguimento ao processo de regulamentação dos novos valores das mensalidades.