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Jovem paraense é destaque em Goiás e atrai olhares dos gigantes

Aos 11 anos, o paraense Rafael Macias Coelho, natural de Marabá, tem vivido experiências marcantes no futebol de base e mostrado sinais importantes de que sua trajetória pode ser especial. Atleta do Centro Esportivo Wilson Goiano (CEWG), de Trindade/GO, Rafael reúne atributos técnicos, disciplina e um comportamento exemplar dentro e fora de campo. Características que chamam atenção de quem acompanha sua caminhada de perto.

Com 1,55m, 45kg e com cidadania italiana, o garoto atua como zagueiro e lateral-direito, tem leitura de jogo madura e uma comunicação acima da média para a idade. Diferente da maioria dos meninos da sua faixa etária, ele é daqueles que organizam o setor, orientam os colegas e sabem onde o jogo se constrói.

Não à toa, seu nome já entrou no radar de clubes como Bahia, onde foi aprovado para compor as categorias de base do clube de Salvador/BA, além de ter sido convidado para avaliações em clubes como Fluminense/RJ, Fortaleza/CE e São Paulo/SP.

A escolha pelo CEWG veio após sua passagem por uma das maiores escolas formadoras do Brasil, o Santos/SP e pelo futsal do Gremetal (time que Neymar também brilhou), onde teve experiências valiosas, a exemplo da conquista do vice-campeonato do Campeonato Paulista Sub-10 Série A1.

Ainda que outras portas estivessem abertas, o pai do atleta, Ricardo Coelho, optou por um ambiente que considera completo para essa etapa do desenvolvimento da jovem promessa.

Rafael Macias também já vestiu a camisa do Santos/SP (Foto: Arquivo pessoal)

“O Santos é um gigante, e somos muito gratos pela experiência. Mas o CEWG, com a proposta pedagógica e a seriedade que vem sendo conduzido, nos passou a confiança de que seria o lugar ideal para o Rafael continuar evoluindo nessa etapa da vida esportiva dele”, explica Ricardo.

Fundado pelo ex-lateral-direito Wilson Goiano, campeão brasileiro com o Botafogo/RJ em 1995 e com passagens por clubes como Goiás, Coritiba e América-MG, o CEWG carrega no DNA a valorização da formação integral. A história do próprio Wilson é uma inspiração para Rafael, que atua na mesma faixa do campo e sonha em seguir os mesmos passos, com os pés no chão e foco na evolução.

“Gosto de organizar o time, falar em campo, chamar a responsabilidade. Meu sonho é chegar ao profissional e ser um atleta de alto nível, mas sei que tenho que treinar muito pra atingir esses objetivos”, afirma Rafael, com a leveza e a consciência de quem sabe que tudo tem seu tempo.

DIFERENCIAL NA BOLA PARADA

Seja como zagueiro ou lateral, Rafael vem se tornando uma das principais peças do CEWG nas bolas paradas. Em alguns momentos, é o responsável pelas cobranças. Em outros, está dentro da área como opção para o cabeceio.

Seu desempenho recente comprova essa versatilidade: até aqui, em 2025, foram seis assistências e um gol olímpico (marcado contra o Vila Nova/GO), um feito raro e especial para qualquer jogador, ainda mais para um defensor com apenas 11 anos.

BASE SÓLIDA

Ricardo, o pai, acompanha de perto cada etapa do processo, mas sem jamais ultrapassar o espaço do filho. Ele é o apoio, o conselheiro, o motorista, o incentivador, entre outras funções rotineiras de um pai presente. E tem clareza sobre os desafios e as responsabilidades da jornada.

“A gente sabe que ele ainda é muito novo. Nosso papel é dar suporte e garantir que ele tenha estrutura emocional, escolar, familiar. O talento está sendo lapidado, mas o caráter e a educação vêm antes e é, sem dúvidas, nossa maior prioridade na criação do Rafa”, afirma.

Em meio a um futebol de base cada vez mais competitivo e com cobranças externas, o equilíbrio é essencial. E é aí que Rafael se destaca: é um menino, mas também um líder nato. É competitivo, mas sabe ouvir. E, acima de tudo, é comprometido com seu próprio processo de evolução.

O que deixa não só a família, mas toda a comunidade do futebol de base nacional em estado de observação permanente na expectativa de que ele se torne um ativo importante no cenário do esporte mais popular do Brasil.

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