‘Terra’ é uma palavra que parece perseguir Klaudia Kubaszek. Ela a percorre como um antílope. Ela a quebrou ao se tornar a primeira polonesa a jogar na Itália e a primeira jogadora a ganhar dois prêmios de MVP da Semana de Futsal.
Ela começou com tudo na região metropolitana de Manila. No final da semana passada, aliás, a jogadora de 27 anos deu três assistências em 20 minutos, ajudando a Polônia a vencer o Canadá por 5 a 1 em sua estreia nas Filipinas. Se aquilo foi um amistoso, a verdadeira ação começa na sexta-feira.
A equipe de Wojciech Weiss terá o privilégio de enfrentar as anfitriãs na rodada de abertura da primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA™. ‘Kuba’ conversa com a FIFA sobre suas façanhas, as adversárias da fase de grupos (Filipinas, Argentina e Marrocos) e o objetivo da Polônia no torneio.
FIFA: Como foi vencer a Itália e conquistar o torneio da Semana de Futsal em 2023?
Klaudia Kubaszek: Sinceramente, era um dos nossos sonhos: vencer uma seleção tão forte. Naquele momento, sentimos que, com o trabalho e a dedicação certos, poderíamos ir ainda mais longe do que imaginávamos. A euforia foi enorme. Foi quase como ganhar o Campeonato Europeu!
Como você se sentiu ao se tornar a primeira jogadora polonesa a competir no campeonato italiano, e fazendo isso em um clube de elite como o Falconara?
Sinto-me extremamente grato por esta oportunidade e quero aproveitá-la ao máximo, abrindo portas para outros jogadores polacos e, com sorte, facilitando um pouco a tomada de decisões semelhantes por parte deles. Quanto ao Falconara, foi uma enorme honra vivenciar esse ambiente e, principalmente, conhecer as pessoas incríveis que fazem parte do clube.
Você conseguiu sinal no aeroporto, certo?
Sim, foi uma experiência incrível. Fiquei genuinamente surpreso da melhor maneira possível e me lembro como se tivesse acontecido ontem.
A Polônia ficou a 17 segundos de perder a vaga na primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA. Quais foram suas emoções ao se classificar?
Passamos da mais profunda tristeza à pura alegria em questão de segundos. Em resumo, foi pura euforia, uma enorme sensação de felicidade para todos nós.”
Como foram as comemorações após a partida?
Houve muita cantoria e dança em conjunto, e a equipe técnica acabou na piscina (risos) .
A atmosfera nos eventos esportivos nas Filipinas é eletrizante. Você está animado para jogar contra os anfitriões na primeira partida da Polônia?
Com certeza! Quanto mais perto da partida, mais animados ficamos. Há muita energia e entusiasmo na equipe, além de um forte foco na nossa preparação.
A Argentina conta com jogadoras de alto nível como Luciana Natta, Silvina Nava e Becha Núñez. O que você acha da seleção argentina e de suas estrelas?
Neste nível, não existem equipes fracas. Todas as nações têm jogadores de destaque. A Argentina tem, e nós também. Vamos encará-los com respeito, mas também com confiança em nossos próprios pontos fortes e nas qualidades que definem nossa seleção polonesa.
A Polônia venceu o Marrocos por 6 a 0 e 4 a 1 este ano. O que você achou da seleção marroquina?
Cada vitória ajuda a construir confiança e fortalece o espírito de equipe, mas devemos lembrar que nenhuma equipe é a mesma depois de alguns meses. Resumindo: Marrocos é definitivamente uma equipe com potencial.
Quão animada você está para ouvir o hino nacional polonês e jogar na primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA?
É uma enorme honra e, sem dúvida, uma experiência que cada um de nós levará para o resto da vida.
A Polônia obteve ótimos resultados nos últimos dois anos, vencendo muitas partidas, derrotando a Itália e empatando com Portugal. Qual é o objetivo da Polônia em sua primeira Copa do Mundo?
Para dar tudo de nós, mostrar todo o nosso potencial e ir o mais longe possível no torneio. Em primeiro lugar, estamos totalmente focados em encarar cada jogo individualmente e passar da fase de grupos. Depois da última partida da fase de grupos, veremos como estamos. Esperamos estar em posição de pensar nas quartas de final e nos próximos passos.
