A capitã da Seleção Brasileira de futsal feminina, Tatiane Debiasi Croceta, a Taty, de Orleans, teve papel decisivo na conquista do primeiro título mundial da categoria organizado pela Fifa. No último fim de semana, em Manila, nas Filipinas, o Brasil venceu Portugal por 3 a 0 e confirmou a campanha perfeita: seis vitórias em seis jogos, coroando uma trajetória marcada por intensidade, equilíbrio e superioridade técnica.
Sob o comando de Wilson Sabóia, a equipe brasileira controlou a final do início ao fim. Com o resultado, o Brasil ampliou para 43 o número de partidas consecutivas sem derrota — uma série que soma 303 gols marcados e apenas 17 sofridos.
Capitã da seleção e referência dentro e fora da quadra, Taty foi novamente um dos pilares da equipe, especialmente na organização defensiva e na postura emocional do grupo. Aos 38 anos, a atleta, nascida e criada na comunidade de Rodeio da Anta, em Orleans, inscreveu definitivamente seu nome na história ao erguer o troféu que inaugura a era do futsal feminino na Fifa.
Momento ímpar
Após a partida, Taty descreveu a emoção de viver o momento mais importante da carreira.
“Eu sonhei com esse momento, imaginei inúmeras vezes, mas quando aconteceu, parecia que eu ainda não estava pronta. Fui inundada por emoções. As outras seleções merecem parabéns pela linda Copa do Mundo que fizeram. Mas estou muito, muito feliz por me tornar campeã mundial.”
A líder brasileira também destacou a mentalidade vencedora do grupo.
“A gente conversou no vestiário antes do jogo. Sempre digo às meninas que não importa como vencemos, jogando bem ou jogando mal, o que importa é ganhar. É sobre ter uma vibração vencedora. As coisas podem dar errado na quadra, mas se você tiver esse espírito vencedor, sempre vai sair com a vitória.”