O Palmeiras terá “mais seguranças” em partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores em meio às polêmicas após o caso de racismo no jogo do Sub-20 e as reações e punições da Conmebol.
Nesta segunda-feira (24), durante o evento de reeleição do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a presidente do Palmeiras promete mais cuidado com os torcedores.
“Vamos levar mais seguranças, ficou muito falado, parece que é um problema do Palmeiras contra o Cerro e não é. É uma luta contra o racismo. Fico muito preocupada, mas isto nos faz tomar precauções. Vamos levar segurança, sim, mas acho que a Conmebol vai tentar pelo menos que seja um jogo que as coisas sejam resolvidas dentro de campo, sem maiores problemas para não prejudicar o espetáculo”, disse Leila Pereira.
O Alviverde jogará contra o Cerro Porteño no dia 9 de abril, no Allianz Parque, e no dia 7 de maio, no Paraguai.
“O que não falta para a presidente do Palmeiras é coragem. Se fui eleita presidente deste clube gigante foi para representar, lutar pelo clube e por nossos milhões de torcedores e atletas. Eu jamais poderia chegar no meu clube, olhar meus atletas depois do que ocorreu no Paraguai e não ter feito absolutamente nada. Isso jamais vai acontecer, porque a presidente do Palmeiras tem coragem. Não tenho medo de que o clube seja prejudicado, porque tenho certeza que não vai acontecer porque nós estamos lutando pelo que é certo. É inadmissível algum clube ser contra o combate ao racismo”, explicou.
Racismo e futebol
Os jogadores do Palmeiras Sub-20, Figueiredo e Luighi, foram vítimas de racismo e xingamentos de torcedores do Cerro Porteño em partida, no Paraguai, pela Libertadores Sub-20.
O Palmeiras reagiu e pediu a exclusão do Cerro da competição à Conmebol. Porém, a resposta foi uma multa de 50 mil dólares, obrigatoriedade de postagens contra o racismo nas redes sociais do clube e partidas com portões fechados. À época, Leila sugeriu deixar a Conmebol para disputar torneios na Concacaf.
Após cobranças do clube, da CBF e do Governo Brasileiro, durante o evento do sorteio da Libertadores e Sulamericana, o presidente da entidade prometeu combater o racismo no futebol com ações em parceria com autoridades governamentais. Porém, no mesmo evento, Alejandro Domínguez disse que o Brasil fora da Conmebol seria o mesmo que “Tarzan sem Chita”. Com uma repercussão negativa, ele se desculpou.