Receitas globais de esportes femininos triplicam e batem recorde

A projeção é que as receitas dos esportes de elite femininos atinjam o recorde de US$ 2,35 bilhões (aproximadamente R$ 13 bilhões) este ano, de acordo com a Deloitte, mais que o triplo do tamanho do mercado em 2022.

A empresa de consultoria divulgou seus números e projeções atualizados para as receitas dos esportes de elite femininos em dias de jogos, transmissões e acordos comerciais esta semana, chamando 2024 de “um ano marcante para os esportes femininos, quebrando expectativas e excedendo as projeções iniciais da Deloitte”.

No ano passado, as principais manchetes incluíram: atletas olímpicas nos Jogos de Paris gerando mais de 50% de engajamento nas redes sociais, apesar de suas competições serem menos divulgadas que as masculinas, a WNBA garantindo um novo acordo de transmissão em meio a interesse e audiência recordes, jogadoras da NWSL garantindo um novo Acordo de Negociação Coletiva (CBA) e o Milan se tornando o primeiro clube de futebol europeu a garantir renovações automáticas de contrato para jogadoras que engravidam no último ano de seu contrato.

O contexto subjacente do relatório, porém, era como as disparidades entre esportes, mercados e até mesmo dentro das ligas persistem.

Espera-se que basquete e futebol continuem sendo os esportes com maior geração de receita, com 44% e 35%, respectivamente. Enquanto a América do Norte (59%) e a Europa (18%) continuam no topo da lista de mercados globais.

Mesmo em um desses esportes de maior renda, as discrepâncias permanecem. O Relatório Anual de Benchmarking do Futebol Feminino da Fifa também foi lançado esta semana e revelou que a média de uma jogadora de futebol feminino ganha US$ 10.900 (cerca de R$ 61 mil) por ano, mas o número é distorcido para cima pelos 16 clubes globais que pagam um salário médio de mais de US$ 50.000 (cerca de R$ 283 mil).

Como resultado, muitas das jogadoras de futebol do mundo na verdade ganham muito menos do que o valor de US$ 10.900.

As implicações vão muito além do salário também. Clubes que pagam mais de US$ 5.000 (aproximadamente R$ 28 mil) eram mais propensos a fornecer benefícios não financeiros – como seguro saúde, benefícios de moradia, etc. – do que aqueles que não pagam.

Além disso, os clubes das ligas de Nível 2 e 3 definidas pela Fifa – classificadas como ligas “aspirantes” e “emergentes”, respectivamente – tinham menos probabilidade de oferecer contratos de um ano ou mais.

A Fifa também descobriu que salários mais altos estavam relacionados a melhores desempenhos em campo.

Jennifer Haskel, líder de conhecimento e insights do grupo de negócios esportivo da Deloitte, disse que, embora tenha havido sinais positivos no esporte feminino, ainda há muito espaço para melhorias.

“O esporte feminino está reescrevendo o manual e desafiando normas tradicionais para redefinir o futuro da indústria. Em 2025 e além, o desafio será para a indústria esportiva, parceiros de marca e investidores fazerem as coisas de forma diferente”, disse Haskel no relatório.

“Aumentar o investimento estratégico é mais importante do que nunca para impulsionar um cenário global profissional e criar uma indústria envolvente para as próximas gerações. É crucial que as organizações esportivas femininas implementem as estruturas certas, desenvolvam um plano claro de investimento e definam uma visão de longo prazo para seu lugar em uma indústria global em rápida evolução”, finalizou.

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