A maior surpresa da Copa M2 Sub-16 até aqui nasceu em São João da Boa Vista. O União Paulista, clube anfitrião da sede e fruto de uma parceria entre a M2 Sports e a Prefeitura Municipal, transformou um projeto recém-iniciado em um dos principais assuntos do futebol de base nacional ao vencer o Flamengo, uma das maiores potências formadoras do mundo, por 2 a 1, nesta terça-feira (18).
O resultado histórico não apareceu isolado. Ele é o capítulo mais recente de uma trajetória que começou em 2020, ganhou forma com método e ambição e hoje começa a dar sinais de que pode ir muito além do que qualquer um imaginava quando os primeiros treinamentos começaram.
Antes de assumir o União Paulista, a M2 Sports comandava as categorias sub-14 e sub-15 do Grêmio Mauaense. Lá, construiu uma equipe competitiva e estruturada, que surpreendeu no Campeonato Paulista Sub-15 de 2025 ao alcançar a terceira fase em meio a alguns dos elencos mais fortes do país. O desempenho chamou atenção de olheiros, clubes e especialistas do cenário de base.
A partir desse reconhecimento, veio um projeto com o município de São João da Boa Vista para que esse trabalho pudesse ser ampliado e transferido para uma cidade que desejava abraçar o futebol de formação como eixo de desenvolvimento. O União Paulista nasceu desse movimento, e manteve a essência daquilo que já vinha dando certo.
Entre os atletas que migraram com o projeto, um nome se impôs naturalmente: Julio Cezar, meio-campista nascido em 2010, dono de cidadania italiana e de um repertório técnico raro para a idade. Capitão no Mauaense, permaneceu capitão no União Paulista.
Julio representa o que o futebol moderno exige: dinâmica, inteligência, intensidade, caráter competitivo, boa relação com a bola e senso de liderança. Seu crescimento atraiu o interesse de clubes grandes do Brasil e do exterior, mas ele optou por seguir no projeto sob a gestão da M2 Sports, que administra sua carreira e vê no atleta um pilar central na construção da identidade do time.
O GRANDE FEITO
A estreia na Copa M2 foi dura. O União enfrentou o Atlético-MG e perdeu por 4 a 0, resultado que poderia derrubar emocionalmente qualquer grupo jovem. Mas a equipe reagiu de forma surpreendente. Sem se abalar pela primeira impressão, jogadores e comissão técnica trataram a derrota como parte do processo de adaptação ao torneio, e não como diagnóstico definitivo.
Menos de 24 depois do duelo contra o Galo mineiro, a resposta veio em grande estilo. Encarar o Flamengo, referência mundial em formação, já seria desafio suficiente. Superá-lo, então, parecia improvável. Mas o União Paulista contrariou as previsões, jogou com coragem, intensidade e organização, e venceu por 2 a 1, com dois gols de Wender José e mais uma atuação madura de Julio, que liderou o time emocionalmente e tecnicamente.
Para o diretor técnico da M2 Sports, Pula Moscou, o resultado não é acidente. “Esse resultado mostra que o trabalho tem método, tem processo e tem futuro. Não é sobre ganhar do Flamengo apenas. É sobre competir em alto nível com profissionais, atletas e estruturas consagradas no cenário nacional. Esse grupo acredita no projeto, acredita na cidade, acredita na camisa. É só o começo do que o União Paulista ainda vai mostrar para o país”, afirmou ao Portal Brazuca. Suas palavras ajudam a dimensionar o que o União representa na competição: não é zebra, é projeto.
HISTÓRICO DE REVELAÇÃO
A M2 Sports, inclusive, já tem no currículo uma prova concreta da força de sua formação: Nando Lima, meio-campista do Avaí Sub-15, convocado para a Seleção Brasileira para a disputa da Copa 2 de Julho 2025. Nando também passou pelo trabalho da empresa quando estava no Mauaense, o que reforça a credibilidade do método aplicado agora em São João da Boa Vista.
O União Paulista não é um protagonista por acaso. A vitória sobre o Flamengo o coloca sob os holofotes, mas o que sustenta essa visibilidade é a coerência do projeto, a qualidade da gestão e a capacidade de formar um grupo competitivo em pouco tempo.
O clube, assim, deixa de ser apenas anfitrião da Copa M2 e passa a representar algo maior: a prova de que um projeto bem conduzido, com atletas comprometidos e uma direção que sabe onde quer chegar, pode furar a bolha e ganhar espaço no cenário nacional.
Se a Copa M2 buscava uma história que simbolizasse sua essência, a valorização do talento, da estrutura e da ousadia, ela encontrou no União Paulista o seu personagem perfeito. E, pelo que se vê até aqui, esse personagem está longe de ter contado seu capítulo final.
