Manchester United e Tottenham continuaram vivendo em seus próprios mundos paralelos, já que ambas as equipes inglesas chegaram à final da Europa League após os jogos da quinta-feira (8). Os times se encontrarão em Bilbao, Espanha, em 21 de maio, na esperança de salvar suas temporadas, com ambos sofrendo com uma forma impressionantemente ruim na Premier League.
O Tottenham atualmente ocupa a 16ª posição na tabela, tendo perdido 19 vezes nesta temporada, enquanto o Manchester United está em 15º, tendo vencido apenas quatro jogos da liga desde o início do ano.
A Europa, então, proporcionou um santuário para os clubes, que de outra forma estariam em dificuldades, e oferece a ambos a chance de levantar o troféu da Champions League na próxima temporada – o vencedor da Europa League se classifica para a principal competição de clubes do continente.
Junto com o prestígio de jogar na Champions, a participação no torneio do próximo ano também proporcionará a ambos os clubes um grande impulso financeiro e ajudará a atrair os melhores jogadores do mundo para reforçar seus elencos.
Semifinal tranquila para United e Tottenham
Na verdade, ambas as equipes chegaram facilmente à final, tendo vencido seus jogos de ida das semifinais na semana passada, o que significa que os jogos de volta na quinta-feira foram relativamente rotineiros.
O Manchester United, que tinha uma vantagem de 3 a 0, inicialmente ficou atrás no Old Trafford após o maravilhoso chute de Mikel Jauregizar, mas se recuperou bem para vencer por 4 a 1 na noite, graças aos gols de Casemiro, Rasmus Højlund e dois do impressionante Mason Mount.
“É uma competição diferente e os adversários são diferentes, a questão física acho que é importante. Estamos mais confortáveis neste tipo de jogo. Eu acho que os jogos são completamente diferentes. Quando chegamos no início ao nosso clube, acho que era mais a questão física e a velocidade do jogo, então estávamos mais confortáveis para jogar na Europa League”, disse o técnico do United, Ruben Amorim, após o jogo, tentando explicar por que o desempenho de sua equipe é muito melhor na competição.
Enquanto isso, o Tottenham viajou para o Círculo Ártico para enfrentar o time norueguês Bodø/Glimt, buscando proteger sua vantagem de 3 a 1 no primeiro jogo. Lidou bem com o ambiente incomum na quinta-feira para vencer por 2 a 0 na noite, com gols de Dominic Solanke e Pedro Porro garantindo a passagem segura para a final.
Para os Spurs, há a pressão adicional de conquistar o primeiro troféu do clube desde 2008 e o primeiro título continental desde a temporada 1983-84. O clube do norte de Londres tem lutado para se livrar da reputação de ser “quase bom o suficiente” na última década e tem mais uma chance de corrigir esse erro na final.
O técnico dos Spurs, Ange Postecoglou, também vai querer confirmar sua afirmação de que sempre ganha um troféu na segunda temporada após ingressar em um novo clube.
“É empolgante. É brilhante. Sabemos que, independentemente do clube em que você esteja, você não tem essas oportunidades com muita frequência, então você quer aproveitá-las ao máximo. Temos algumas semanas para nos preparar, deve ser um grande jogo e, obviamente, isso dá aos nossos torcedores alguma esperança agora de que podemos fazer algo especial este ano”, disse Postecoglou.
Antes do início deste torneio, muitos haviam previsto que ambas as equipes chegariam à final, dada sua superioridade sobre a maioria das outras equipes na competição de segundo nível da Europa.
Mas dado o quão inexplicavelmente ruins têm sido suas formas no campeonato, é bastante incrível que times posicionados tão baixo na tabela da Premier League estejam competindo em uma final europeia.
A esperança, para ambos os grupos de jogadores, é que a vitória em Bilbao possa ser a distração definitiva de seus deslizes na liga inglesa e dar aos seus respectivos torcedores algo para comemorar em uma temporada que, de outra forma, seria humilhante.
